CHUVA NOTURNA

Um raio de ouro as nuvens, ilumina...
Agita-se a folhagem murmurosa...
A névoa se desmancha, frágil... Fina...
Estronda-se a noite alta, cavernosa.

A chuva cai agora… Desatina...
Rescende a terra úmida, porosa...
A rosa despetala-se, declina...
E reina a natureza tempestuosa.

E a sensação também, de antigas mágoas,
Só trazida do céu por essas águas...
Sensação que entristece, que deplora…

Sensação que me dói e me angustia...
De que alguém despediu-se, certo dia...
De que alguém, certo dia, foi-se embora.

Paulo Maurício G Silva


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PÁGINA FLOREADA

“Foram os ventos, afinal... Os ventos  Que me trouxeram esta rosa bela…” Ela pensou, em meio aos seus tormentos, Ao ver a rosa à beira da ja...